terça-feira, 2 de julho de 2013

A Hora da Estrela - Clarice Lispector

A Hora da Estrela
Autora: Clarice Lispector
Número de Páginas: 87
Editora: Rocco
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Jovem e ingênua, esta é Macabéa. Uma Alagoana atrapalhada que foi criada por sua tia ranzinza e que acaba de chegar ao Rio de Janeiro; a moça leva uma vida entediante e sem muitas novidades. Durante toda a narrativa, o próprio narrador enche a personagem de críticas, chega até a chamá-la, por diversas vezes, de suja e sem graça. 
Macabéa mora com colegas de quarto, mas que não chegam a ser suas amigas. Ela mantêm uma boa relação com Glória, sua colega de trabalho, que esbanja sensualidade, o que a deixa admirada em vários momentos da narrativa. 
A nordestina não conhece o amor, de longe sabe se esse sentimento realmente existe. Durante todo o enredo, o leitor não chega a dizer que acha que Macabéa enfim descobriu o que é sentir o amor, mas durante certo período de tempo, ela mantêm um "namoro" com Olímpico de Jesus, um jovem interesseiro e que é um tanto rude com Macabéa, pois a garota pode ser um tanto desprovida de conhecimento e isso não favorece em nada a falta de paciência de Olímpico. Sua relação com Macabéa não favorece muito seus interesses ambiciosos, já que a boba menina não tem nada para lhe oferecer.
No início do livro, pelo menos no meu ponto de vista, a narrativa foi um pouco confusa com os rodeios que foram feitos pelo narrador tentando adiar o momento que começaria a falar sobre a "ignorante" menina.
O rumo que toma a história é surpreendente e o desfecho então, avassalador. Essa deve ser a resenha mais vazia das histórias de resenhas de livros porque quando penso em A Hora da Estrela, apenas o que surge em minha mente é uma mistura de sentimentos diferentes, afinal, o que poderia se esperar de um livro de Clarice Lispector? 
Embora seja um livro curto, a história da praticamente indescritível Macabéa vale muito a pena ser lida. Mais uma vez lhe desafio a descobrir o final dessa mágica história.
"A pessoa de quem vou falar é tão tola que às vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe responde ao sorriso porque nem ao menos a olham" - Palavras do próprio narrador.





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